
[...] Com a primeira versão de Kontakte (1959-1960), K. Stockhausen demonstra que é, apesar de tudo, possível situar-se ao nível das variações mais subtis que se possa imaginar, de alargar consideravelmente os tratamentos da duração e dos modos de apreensão do tempo, ao imobilizar completamente, por exemplo, um acontecimento sonoro durante um lapso de tempo tão vasto quanto se deseje, o que era inimaginável na execução instrumental devido às suas limitações fisiológicas.
Para K. Stockhausen, tais hipóteses deviam gerar novas categorias temporais e suscitar, através de um aprofundamento máximo da micro-estrutura do som, uma concentração sobre o aqui e agora.
Embora as técnicas electrónicas de produção sonora tenham permitido uma subversão inegável da concepção do tempo musical, o certo é que as possibilidades de montagem e mistura contribuíram, por seu lado, para pôr em causa a continuidade do discurso, a sua linearidade; a diversificação dos tratamentos e combinações, a partir de materiais de base, favorece uma individualização acrescida dos «objectos sonoros», podendo cada um ser dotado, através de métodos de controlo muito rigorosos, de qualidades específicas, de um modo de evolução autónomo."
Dominique e Jean-Yves Bosseur, Revoluções Musicais: A música contemporânea depois de 1945, trad. Maria José Bollino Machado, Editorial caminho, Lisboa, 1990, pp. 41-42.
Para K. Stockhausen, tais hipóteses deviam gerar novas categorias temporais e suscitar, através de um aprofundamento máximo da micro-estrutura do som, uma concentração sobre o aqui e agora.
Embora as técnicas electrónicas de produção sonora tenham permitido uma subversão inegável da concepção do tempo musical, o certo é que as possibilidades de montagem e mistura contribuíram, por seu lado, para pôr em causa a continuidade do discurso, a sua linearidade; a diversificação dos tratamentos e combinações, a partir de materiais de base, favorece uma individualização acrescida dos «objectos sonoros», podendo cada um ser dotado, através de métodos de controlo muito rigorosos, de qualidades específicas, de um modo de evolução autónomo."
Dominique e Jean-Yves Bosseur, Revoluções Musicais: A música contemporânea depois de 1945, trad. Maria José Bollino Machado, Editorial caminho, Lisboa, 1990, pp. 41-42.
Karlheinz Stockhausen - Elektronische Musik 1952-1960
gravado entre 1952 e 1960 nos estúdios da NWDR, em Colónia.
| Etude (1952) [Konkrete musik] | |
1 | | Etude (3:35) |
| Studie I (1953) | |
2 | | Studie I (10:00) |
| Studie II (1954) | |
3 | | Studie II (3:50) |
| Gesang Der Jünglinge (1955-1956) | |
4 | | Gesang Der Jünglinge (13:40) |
| Kontakte (1959-1960) | |
5 | | Struktur I (2:21) |
6 | | Struktur II (1:05) |
7 | | Struktur III (3:55) |
8 | | Struktur IV (0:48) |
9 | | Struktur V (2:28) |
10 | | Struktur VI (0:27) |
11 | | Struktur VII (2:05) |
12 | | Struktur VIII (1:33) |
13 | | Struktur IX (2:30) |
14 | | Struktur X (4:29) |
15 | | Struktur XI (2:17) |
16 | | Struktur XII (1:22) |
17 | | Struktur XIII A (1:23) |
18 | | Struktur XIII B (0:25) |
19 | | Struktur XIII C (0:47) |
20 | | Struktur XIII D (0:50) |
21 | | Struktur XIII E (0:14) |
22 | | Struktur XIII F (2:09) |
23 | | Struktur XIV (0:29) |
24 | | Struktur XV (0:43) |
25 | | Struktur XVI A (0:35) |
26 | | Struktur XVI B (0:04) |
27 | | Struktur XVI C (0:16) |
28 | | Struktur XVI D (0:10) |
29 | | Struktur XVI E (1:52) |
[Este link é o mesmo do blog A closet of curiosities e remete para o sendspace, que não é tão rápido nem imediato como o rapidshare, mas permite a descarga de ficheiros maiores.]
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