quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Franz Josef Haydn (1732 - 1809) - Stabat Mater [Hob. XX-bis]

















[
Mater dolorosa, Luis de Morales (c.1510-1586)]

Stabat Mater

1. Stabat mater, Hob. XXbis: Stabat mater dolorosa - Largo

2. Stabat mater, Hob. XXbis: O quam tristis et afflicta - Larghetto

3. Stabat mater, Hob. XXbis: Quis est homo - Lento

4. Stabat mater, Hob. XXbis: Quis non posset contristari - Moderato

5. Stabat mater, Hob. XXbis: Pro peccatis suae gentis - Allegro ma non troppo

6. Stabat mater, Hob. XXbis: Vidit suum dulcem natum - Lento e mestoso

7. Stabat mater, Hob. XXbis: Eia mater, fons amoris - Allegretto

8. Stabat mater, Hob. XXbis: Sancta mater, istud agas - Larghetto

9. Stabat mater, Hob. XXbis: Fac me vere tecum flere - Lachrymoso

10. Stabat mater, Hob. XXbis: Virgo virginum praeclara - Andante

11. Stabat mater, Hob. XXbis: Flamis orci ne succedar - Presto

12. Stabat mater, Hob. XXbis: Fac me cruce custodiri - Moderato

13. Stabat mater, Hob. XXbis: A. Quando corpus morietur - Largo assai

14. Stabat mater, Hob. XXbis: Paradisi gloria


Barbara Bonney, soprano
Elisabeth von Magnus, mezzosoprano
Herbert Lippert, tenor
Alastair Miles, bajo
Schoenberg Choir
Concentus Musicus Viena
Nikolaus Harnoncourt
1995

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Melpomen, Ancient Greek Music
















Postei há uns tempos atrás, um álbum de música antiga do Atrium musicae de Madrid dirigido pelo Gregorio Paniagua. Posto outra "tentativa" de aceder ao ambiente musical grego por Conrad Steinmann. Nesta versão contamos com Steinmann na composição e Arianna Savall (soprano) na voz. Os instrumentos e a letra são originais, apenas a música de Steinamnn, claro, é o traço contemporâneo da gravação. Espero que apreciem.

Melpomen, Ancient Greek Music


1 - Akousate/Argos
2 - Melomai
3 - Sappho
4 - Eros
5 - Mater
6 - Nomos M
7 - Tenge Pleumonas Oino
8 - Dithyrambos
9 - Gaia
10 - Daktylos Amera
11 - Makrotatos
12 - Anakreon
13 - Perikleitos
14 - Agallis
15 - Dialogos
16 - Mona
17 - Protos
18 - Ekleipsis
19 - Proteron
20 - Hypne Anax
21 - Kretikos

Ensemble Melpomen
Conrad Steinmann
Arianna Savall
Luiz Alves da Silva
Massimo Cialfi

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

2363!! Esse número mítico.

Gostaria aqui de agradecer, em meu nome e em nome do co-autor deste blog, todas as visitas que este blog já recebeu (ainda que 2300 entradas sejam nossas) e esperar que a música que espalhamos por esse mundo fora (ou apenas na região da Bairrada que é onde vivemos) tenha servido para alguma coisa. Continuaremos a nossa missão de divulgar "coisas" e esperar estar ainda aqui, a postar como nunca, quando tivermos essa quantia igualmente mítica de 4726, que, nem por acaso, é exactamente o dobro da quantia actual.
Aproveito para anunciar que vou postar um "especial" Stabat Mater. Quem quiser contribuir com links tem desde já o meu mais sincero obrigado.
Um bem haja a todos.

[Para quem estiver a pensar que raio me terá passado pela cabeça, respondo que eu próprio também não sei. Só queria, afinal, pedir links para o Stabat Mater.]

João de Sousa Carvalho (1745-1798) - Te Deum (1792)

Te Deum é um hino da liturgia católica. A origem do canto parece não ser fácil de traçar, já que são contraditórias as hipóteses que se vão apresentando pela crítica e historiografia religiosas. A hipóteses mais famosa, mais simbólica do que científica (e talvez por isso mais interessante), reporta o Te Deum ao século IV, mais precisamente ao ano 387, na altura da cerimónia do baptismo de Santo Agostinho, Bispo de Hipona, que terá, com Santo Ambrósio, composto em alternância o hino para a própria cerimónia. Esta hipótese é confirmada, inclusive, pelo nome pelo qual o hino é tradicionalmente tratado "Hino Ambrosino" e pela incrição no Breviário Romano que o identifica: "Hymnus SS. Ambrosii et Augustini" ("Hino dos Santos Ambrósio e Agostinho").

Contudo, estudos filológicos e históricos recentes contraditam a origem simbólica do hino. Textos que surgiram (São Cipriano de Cartago em 252), e onde o hino aparece, remetem a sua origem para o século II, o que, do ponto de vista da métrica parece fazer mais sentido, segundo os especialistas. Assim, parece ser hoje consensual que a autoria do hino não se deve aos dois santos mas a um São Aniceto, Papa cujo pontificado decorreu cerca de 157 a cerca de 168.

A utilização do Te Deum nas liturgias é bastante frequente. Iniciamente era cantado no final das matinas dos dias festivos do calendário religioso. Para além deste uso, passou a ser introduzido, desde muito cedo, em todas as cerimónias liturgicas de Acção de Graças, tornando-se na oração principal. Estas cerimónias, que agradeciam uma qualquer benesse divina, podiam ter um carácter diverso: eclesiástico (canonizações, eleição de um novo Papa, consagração de um Bispo, etc...), políticas (assinaturas de tratados, vitórias militares, ou celebração do aniversário, nascimento, casamento de um membro da Família Real), ou qualquer acontecimento quotidiano marcante para a comunidade.

Em Portugal, o Te Deum conhece tem uma existência vigorosa com D. João V, que manda celebrar em 1718 um Te Deum a 31 de Dezembro de cada ano como agradecimento das graças divinas ao reino. O Te Deum passa, então, a ser um instrumento simbólico de afirmação e legitimação do poder do Estado e da Igreja, ao mesmo tempo que afirma a relação íntima entre estas duas esferas.

Deixo-vos com este pequeno, e sumário, texto de introdução, exclusivamente histórico, sobre o Te Deum. Quanto a João de Sousa Carvalho, os textos biográficos são muito resumidos. Como conclusão deixo-vos o texto do Te Deum.


TE DEUM

Te Deum laudamus: te Dominum confitemur.

Te æternum Patrem omnis terra veneratur.

Tibi omnes Angeli, tibi Cæli, et universæ Potestates: Tibi Cherubim et Seraphim incessabili voce proclamant: Sanctus, Sanctus, Sanctus Dominus Deus Sabaoth.

Pleni sunt cæli et terra majestatis gloriæ tuæ.

Te gloriosus Apostolorum chorus, Te Prophetarum laudabilis numerus, Te Martyrum candidatus laudat exercitus.

Te per orbem terrarum sancta confitetur Ecclesia, Patrem immensæ majestatis: Venerandum tuum verum et unicum Filium: Sanctum quoque Paraclitum Spiritum. Tu Rex gloriæ, Christe.

Tu Patris sempiternus es Filius, Tu, ad liberandum suscepturus hominem, non horruisti Virginis uterum.

Tu, devicto mortis aculeo, aperuisti credentibus regna cælorum. Tu ad dexteram, Dei sedes, in gloria Patris. Iudex crederis esse venturus.

(Ao versículo seguinte, todos se inclinam) Te ergo quæsumus, tuis famulis subveni, quos pretioso sanguine redemisti.

Æterna fac cum Sanctis tuis in gloria munerari.

Salvum fac populum tuum, Domine, et benedic hereditati tuæ.

Et rege eos, et extolle illos usque in æternum.

Per singulos dies benedicimus te; Et laudamus Nomen tuum in sæculum, et in sæculum sæculi.

Dignare, Domine, die isto sine peccato nos custodire.

Miserere nostri domine, miserere nostri.

Fiat misericordia tua, Domine, super nos, quemadmodum speravimus in te.

In te, Domine, speravi: non confundar in æternum.

V. Benedicamus Patrem, et Filium, cum Sancto Spiritu.

R. Laudemus, et superexaltemus eum in sæcula.

V. Benedictus es, Domine, in firmamento cæli.

R. Et laudabilis, et gloriosus, et superexaltatus in sæcula.

V. Domine, exaudis orationem meam.

R. Et clamor meus ad te veniat.

V. Dominus vobiscum.

R. Et cum spiritu tuo.

Oremus.

Deus, cujus misericordiæ non est numerus, et bonitatis infinitus est thesaurus: + piissimæ maiestati tuæ pro collatis donis gratias agimus, tuam semper clementiam exorantes; * ut, qui petentibus postulata concedis, eosdem non deserens, ad præmia futura disponas. Per Christum Dominum nostrum.

R. Amen.

[Fonte: wikipédia]


Te Deum

1. Te Deum Laudamus

2. Tibi Omnes Angeli

3. Sanctus

4. Te Gloriosus

5. Patrem Immensae Majestatis

6. Sanctum Quoque

7. Tu Patris

8. Tu Devicto

9. Judex Crederis

10. Te Ergo Quaesumus

11. Salvum Fac

12. Per Singulos Dies

13. Dignare Domine

14. Fiat Misericordia


Brigitte Fournier - Soprano I

Naoko Okada - Soprano II

Elisabeth Graf - Contralto

John Elwes - Tenor

Michel Brodard - Baixo


Coro & Orquestra Gulbenkian

Michel Corboz - Direcção
1991, Lisboa