terça-feira, 15 de maio de 2007

Euterpe

Euterpe, filha de Mnemosine e de Zeus, era uma das nove musas que inspiraram os criadores. A etimologia do seu nome indica que é aquela que dá prazer, a deliciosa, e, por isso, os poetas fizeram dela a musa da música, tornando-a assim um ser pleonástico da inspiração criativa. Disputando com Mársias a invenção do áulo (por isso a vemos segurando o bífido instrumento no quadro de Pompeo Battoni), ela não é tanto uma figura ligada ao aspecto desmesurado e perturbador da música, como o seu rival, mas antes aparece como figura da harmonia.
E é por isso que inauguro a partilha de música neste blog com um híno a essa mesma harmonia e uma ode ao júbilo que serviu para inspirar também ele uma obra que aspirou, antes mais do que hoje, a uma harmonia, a Europa.
Sobejamente conhecida, esta obra aparece aqui apenas como invocação e não tanto para cumprir o propósito de dar a conhecer. Dispensa apresentações, mas merece que se informe que se trata de uma gravação de 1951 pela Orquestra Sinfónica e o Coro da Rádio da Baviera, dirigidos por Wilhelm Furtwangler. (O segredo está na caixa de comentários)

Ludwig Van Beethoven - Sinfonia nº 9 (Coral), em Ré menor, Op. 125 ou
"Sinfonie mit Schlusschor über Schillers Ode 'An die Freude' für großes Orchester, 4 Solo und 4 Chorstimmen componiert und seiner Majestät dem König von Preußen Friedrich Wilhelm III in tiefster Ehrfurcht zugeeignet von Ludwig van Beethoven, 125 tes Werk" e, como o próprio nome indica, inclui o famoso poema romântico de Schiller.
Rejoice