A vida de Mozart (1756-1791) é, no geral, conhecida. É conhecido o seu génio, a forma como espontaneamente conseguia memorizar e criar trechos de música. É conhecido o seu passado de menino-prodígio, de “cidadão do mundo” através das viagens com o pai, Leopold, conhecido violinista, que escreveu um tratado importantíssimo sobre violino que ainda se estuda em algumas escolas.
Mozart tem para mim uma importância específica. Foi o impulsionador do meu interesse pela música erudita. Pela sua jovialidade, com a qual qualquer jovem se identifica facilmente; pela sua genialidade, e os seus traços pitorescos, que todos desejariam copiar e que o fazem extrair-se da ordem comum. Um pouco à imagem do Super-Homem, ou do Indiana Jones, eu já desejei ser Mozart, super-herói, ou arqueólogo famoso. Não fui nenhum deles, mas tenho um blog.
Por isso, deixo-vos aqui o Requiem (K. 626), a última obra de Mozart. È uma obra conhecida, mais pela história que transporta consigo, obscura e misteriosa.
A génese da obra liga-se a uma encomenda feita por um aristocrata austríaco que teria por hábito fazer-se passar por autor de obras que encomendava a compositores famosos. O destino do Requiem de Mozart teria sido esse. Reza a lenda que Mozart acabou por identificar o pedido de um Requiem, que é, no fundo, uma obra para ser tocada num funeral, com a circunstância da sua própria morte. Assim, a obra estaria destinada a ser tocada no seu próprio serviço fúnebre. Mozart já demonstrava sintomas da doença que o consumiria. Não só física mas mentalmente. O filme de Milos Forman, historicamente desacreditado, dá uma visão do que poderá ter sido essa fase final.
O Requiem foi uma obra supostamente acabada por Franz Sussmayer, a pedido de Constanza Weber, mulher de Mozart, que necessitava dela para fazer frente às despesas da casa e dívidas que o casal Mozart tinha. Sussmayer era o aluno preferido de Mozart. Aparentemente, o seu nome fica na história ligado a este episódio, já que não terá escrito nada de significativo. Sussmayer terminou, então, a obra. Não se sabe se terá seguido instruções deixadas por Mozart, ou se terá tentado usar o conhecimento que tinha do seu convívio, para finalizar a obra ao estilo mozartiano. Há quem diga a este respeito que as indicações deixadas por Mozart aquando da sua morte terão sido suficientes para levar a obra a bom termo.
Seja qual for a verdadeira história da génese da obra, é inegável que a obra de Mozart é uma obra-prima do género. De notar que o Requiem de Mozart, no andamento intitulado «Tuba Mirum», utiliza como instrumento base a tuba, um instrumento, até então, completamente desprezado, e cuja sonoridade grave quase impede qualquer protagonismo.
A versão que aqui vos deixo é a da Decca, de Sir Georg Solti com a Wiener Phillarmoniker. A imagem é um pormenor da partitura original do Requiem, com as notas iniciais da obra.
Mozart tem para mim uma importância específica. Foi o impulsionador do meu interesse pela música erudita. Pela sua jovialidade, com a qual qualquer jovem se identifica facilmente; pela sua genialidade, e os seus traços pitorescos, que todos desejariam copiar e que o fazem extrair-se da ordem comum. Um pouco à imagem do Super-Homem, ou do Indiana Jones, eu já desejei ser Mozart, super-herói, ou arqueólogo famoso. Não fui nenhum deles, mas tenho um blog.
Por isso, deixo-vos aqui o Requiem (K. 626), a última obra de Mozart. È uma obra conhecida, mais pela história que transporta consigo, obscura e misteriosa.
A génese da obra liga-se a uma encomenda feita por um aristocrata austríaco que teria por hábito fazer-se passar por autor de obras que encomendava a compositores famosos. O destino do Requiem de Mozart teria sido esse. Reza a lenda que Mozart acabou por identificar o pedido de um Requiem, que é, no fundo, uma obra para ser tocada num funeral, com a circunstância da sua própria morte. Assim, a obra estaria destinada a ser tocada no seu próprio serviço fúnebre. Mozart já demonstrava sintomas da doença que o consumiria. Não só física mas mentalmente. O filme de Milos Forman, historicamente desacreditado, dá uma visão do que poderá ter sido essa fase final.
O Requiem foi uma obra supostamente acabada por Franz Sussmayer, a pedido de Constanza Weber, mulher de Mozart, que necessitava dela para fazer frente às despesas da casa e dívidas que o casal Mozart tinha. Sussmayer era o aluno preferido de Mozart. Aparentemente, o seu nome fica na história ligado a este episódio, já que não terá escrito nada de significativo. Sussmayer terminou, então, a obra. Não se sabe se terá seguido instruções deixadas por Mozart, ou se terá tentado usar o conhecimento que tinha do seu convívio, para finalizar a obra ao estilo mozartiano. Há quem diga a este respeito que as indicações deixadas por Mozart aquando da sua morte terão sido suficientes para levar a obra a bom termo.
Seja qual for a verdadeira história da génese da obra, é inegável que a obra de Mozart é uma obra-prima do género. De notar que o Requiem de Mozart, no andamento intitulado «Tuba Mirum», utiliza como instrumento base a tuba, um instrumento, até então, completamente desprezado, e cuja sonoridade grave quase impede qualquer protagonismo.
A versão que aqui vos deixo é a da Decca, de Sir Georg Solti com a Wiener Phillarmoniker. A imagem é um pormenor da partitura original do Requiem, com as notas iniciais da obra.
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